segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Myanmar deve libertar todos os prisioneiros de consciência após libertação do Prémio Nobel

Aung San Suu Kyi, Prémio Nobel da Paz de 1991, passou mais de 15 dos últimos 21 anos sob prisão domiciliária. Suu Kyi foi uma dos mais de 2.200 prisioneiros políticos que foram detidos por simplesmente exercerem o seu direito ao protesto pacífico.

Felizmente San Suu foi finalmente libertada, no recente 13 de Novembro de 2010, mas a Amnistia Internacional, apesar de estar satisfeita com a sua libertação, nunca aprovou a sentença que foi aplicada à Prémio Nobel como profere o Secretário-geral da AI:“Enquanto a libertação de Daw Aung San Suu Kyi é certamente bem-vinda, a mesma marca apenas o fim de uma sentença injusta que foi prolongada de forma ilegal, não constituindo de todo uma concessão por parte das autoridades”; “Antes de mais, acontece que as autoridades nunca deveriam ter detido San Suu Kyi ou os outros inúmeros prisioneiros de consciência no Myanmar, excluindo-os do processo político”.

Para além disso a AI apela ao governo do Myanmar para que liberte de imediato todos os prisioneiros de consciência no país. Existem mais de 2.200 prisioneiros políticos no Myanmar ainda detidos sob leis pouco precisas, utilizadas frequentemente pelo governo para criminalizar aqueles que discordam de si politicamente, de forma pacífica. Os prisioneiros estão detidos em condições terríveis, com alimentação e saneamento inadequados. Muitos têm uma saúde frágil e não recebem o tratamento médico apropriado. Vários prisioneiros foram torturados durante a sua detenção e ao longo do interrogatório inicial a que foram sujeitos, estando ainda em risco de ser torturados pelos guardas da prisão. A Amnistia Internacional acredita de a grande maioria das pessoas detidas são prisioneiros de consciência que estão a ser castigados apenas por exercerem pacificamente os seus direitos à liberdade de expressão, reunião e associação.

Já é tempo de as organizações internacionais se unirem e acabarem de uma vez por todas com o sistema penal injusto do Myanmar!




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